AVALIAÇÃO DO ELENCO QUE REBAIXOU O CLUBE
Eis aqui uma avaliação individual do
elenco que protagonizou o maior vexame da história do nosso Esporte Clube Vitória
até hoje: o rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro,
justamente quando desfrutamos de uma realidade bem diferente de 1991, quando
ocorreu o primeiro (e até então único) descenso do clube.
Esperamos nunca mais ter o desprazer de presenciar no Vitória um grupo com
tantos jogadores desunidos, omissos, e alguns tão anti-profissionais como estes
que se apresentaram no Brasileirão 2004. As exceções receberam os devidos créditos.
A lista abaixo é para ser lida, gravada na mente, impressa e distribuída para
outros torcedores. É apenas uma das coisas que nós, apaixonados pelo glorioso
rubro-negro, podemos fazer neste primeiro momento. FELIZ 2005!
Juninho (goleiro) - Falhou muito, justamente na reta final do campeonato.
Contribuiu decisivamente para a desunião do elenco, ao reclamar acintosamente
da defesa em praticamente todos os gols tomados. Levando-se em conta que o time
levou nada menos que 87 gols, deve estar com problemas nas cordas vocais e nas
articulações dos braços. Precisa urgentemente calçar as "sandálias da
humildade".
Alex Santos (lateral-direito) - Tem potencial, mas um pouco mais de
responsabilidade tática e noção de "linha de impedimento", não faz
mal à ninguém... conseguiu a proeza de ir pro banco de reservas em um elenco
que tem Carlinhos e Maurício! Mas tem tempo pra aprender e ser feliz no clube.
Carlinhos (lateral-direito) - Várias oportunidades já lhe foram dadas e
nunca agradou.
Pedro (lateral-direito)- Início muito bom. Posteriormente, passou a
arrumar brigas constantes dentro do clube, até com quem lhe trouxe para o Vitória,
o treinador Agnaldo Liz. Na sequência, mostrou total desrespeito à torcida,
aos treinadores e aos companheiros, ao passar a jogar como se estivesse numa
"pelada" de fim de ano. Não voltava, não marcava, não corria, não
passava a bola. Precisou nos fazer o favor de tomar uma atitude drástica,
simular uma contusão!, para que só então fosse afastado. Obrigado por isso
Pedro!
Adaílton (zagueiro) - Melhor defensor do elenco. Técnico dentro de
campo, um exemplo para os outros garotos fora dele. Foi vendido no meio do
campeonato para que o clube pudesse recomprar as ações de um parceiro que, em
nenhum momento, mostrou ser uma coisa boa para o clube. Com a crise da
Argentina, este parceiro, Grupo Exxel, não pôde honrar os compromissos
assumidos na parceria. Não foi informado se este detalhe foi levado em conta na
hora da recompra das ações.
Alex Silva (zagueiro) - Zagueiro que dá a impressão que ainda está em
fase de testes, tamanha a ingenuidade demonstrada em campo. Mas é sempre
convocado para as seleções brasileiras de base... alguém explica??? Seria
prudente tomar umas aulas com o irmão...
Cametá (zagueiro?) - Simplesmente lamentável... nunca conseguiu entrar
em forma, nem física, nem tecnicamente. Atuações desastrosas contribuíram
bastante para mais um capítulo do vexame de 2004: "A defesa mais vazada do
campeonato". Assim não dá, Cametá...
Felipe Saad (zagueiro) - Sempre que entrou mostrou vontade e jogou bem a
maioria das partidas. Infelizmente, sentiu lesão na reta final e não pôde
ajudar no momento mais difícil.
Marcelo Heleno (zagueiro) - Todos sabemos que não é um primor
tecnicamente falando, mas sempre demonstrou raça, vontade, respeito à camisa
do Vitória. Quando voltou da última contusão, o time ficou algumas partidas
sem tomar gols, coisa raríssima nesse campeonato. Alguns torcedores não o
consideram capaz tecnicamente de jogar no clube, já outros o defendem pela
vontade que demonstra em campo e pela seriedade com que joga. Merece respeito.
Milton do Ó (zagueiro) - Apesar de esforçado, foi outro que não conseguiu
entrar em forma. Poucas exibições decentes. Na grande maioria, deu dó, Do Ó...
Nenê (zagueiro) - Pro nome que tinha quando chegou ao clube, falhou
bisonhamente em várias partidas. Comparado aos que chegaram para substitui-lo,
é um Gamarra na sua melhor fase...
Fabinho (lateral-esquerdo) - Chegou com status de "revelação"
do ano passado. Pois revelou-se um jogador extremamente limitado, tímido,
acanhado, sem a menor condição técnica de vestir a camisa do Esporte Clube
Vitória em um Campeonato Brasileiro. Nem na segunda divisão, pra que fique bem
claro...
Paulo Rodrigues (lateral-esquerdo) - A torcida avisou, reclamou, vaiou,
pediu a sua saída. Mais um que precisou tomar uma atitude contra o clube
(entrar na justiça), para que só então fosse afastado. Por isso, obrigado
Paulo Rodrigues!
Sandro (lateral-esquerdo) - Grata surpresa, pena que surgiu só após a
saída de Paulo Rodrigues. Poderia ter ajudado mais, não fosse a insistência
de Evaristo de Macedo com Fabinho.
Advaldo (volante/meia) - Boa surpresa. Tem muito futuro se mantiver a
"cabeça no lugar". Bom garoto para ser trabalhado por Renê Simões
em 2005.
Amaral (volante) - Boa contratação para substituir Vampeta. Mostrou espírito
de grupo, compromisso, caráter. Infelizmente, assim como aconteceu com outros
do chamado grupo "do bem" (Saad, Xavier, Marcelo Heleno...), sofreu
com contusões e não pôde ajudar o clube a se livrar do descenso. Em 2004, o
mal venceu...
Arivélton (volante/meia) - Muito limitado tecnicamente para ser titular
do clube em um Brasileiro. Mas pelo menos demonstrou raça em campo. O que era
pra ser obrigação de qualquer profissional, tornou-se qualidade
"rara" para a torcida rubro-negra em 2004.
Tiago Mattos (volante) - Quando entrou em campo, mostrou vontade. Fora
dele, mais ainda, arrumando brigas com companheiros nos treinos. Pode ter bom
futuro.
Vampeta (volante/meia) - Sempre respeitou e valorizou o clube junto à
imprensa nacional. Chegou para se consolidar como ídolo, mas infelizmente não
tem mais disposição para entrar em forma. Após o término da Copa do Brasil,
só atrapalhou.
Vinícius (volante) - Para um jogador formado no clube, e que sempre teve
a simpatia da torcida, falhou feio ao ser expulso precocemente em um jogo tão
importante como o do Cruzeiro, penúltima partida do campeonato. "Queimou o
filme" Vinícius...
Xavier (volante) - Prejudicado por contusões, não conseguiu jogar o
futebol de muita raça e vontade que já mostrou no clube.
Cléber (meia) - Qualidade técnica ele tem, não há dúvidas. Começou
jogando muito, mas infelizmente demonstrou ser o tipo de jogador
"chupa-sangue", "sangue-suga". Faltou solidariedade tática,
companheirismo, dedicação. Para um jogador comprado "a peso de ouro"
de um clube da segunda divisão, um jogador ainda desconhecido no âmbito
nacional, e que tinha todas as condições para ser um destaque desse Campeonato
Brasileiro, mostrou injustificável acomodação na reta final, falta de ambição,
de determinação. Tomou um terceiro cartão amarelo desnecessário contra o
Cruzeiro, o que fez com que não pudesse participar do último jogo, o jogo que
poderia nos salvar do rebaixamento. E fechou o ano "com chave de ouro"
ao não ficar concentrado com o grupo para última partida, o que mostra, mais
uma vez, falta de companheirismo, união, compromisso com o clube. Em 2005, a
torcida rubro-negra espera (e vai cobrar!) que Cléber mostre seu verdadeiro
futebol, aliado ao respeito e dedicação que essa camisa e torcida merecem.
Leandro Domingues (meia) - Finalmente deu sinais de que pode acordar e
ser aquele jogador que a torcida viu na Copa SP anos atrás. Foi prejudicado
pela insistência dos treinadores com Allan Delon.
Magnum (meia) - VERGONHA! Não dá pra não se indignar com a atitude
deste jogador na reta final do campeonato, quando mais precisávamos de vontade,
determinação, profissionalismo, respeito. Entrou nas últimas partidas sem a
menor vontade de jogar, de contribuir em um momento tão difícil. Mostrou
inaceitável falta de respeito e de consideração com a diretoria, que lhe
trouxe em definitivo do Paysandú, com a torcida que tanto lhe apoiou, com os
companheiros, enfim, não teve respeito sequer à sua própria profissão! Pra
fechar "com chave de ouro", não relutou a cair nos microfones da
imprensa para criticar os companheiros exatamente naquilo que mais lhe faltou,
numa vergonhosa e irritante demonstração de "cara de pau" e falta de
vergonha na cara. A torcida do VITÓRIA exige respeito de um jogador que, antes
de ser contratado, ninguém sabia quem era! SE MANCA MAGNUM!
Marcelo Silva (meia?) - Foi contratado por ter sido o melhor jogador do
Londrina em 2003. Não é à-toa que o clube paranaense foi o último colocado
da segunda divisão, sendo o primeiro rebaixado à terceira divisão do futebol
brasileiro. Simplesmente lamentável. Precisou chegar o terceiro treinador no
clube, Hélio dos Anjos, para perceber, em apenas 45 minutos, que ele não tinha
condições de jogar no Vitória.
Edílson (atacante) - Craque de bola. Começou muito bem, proporcionando
um dos capítulos mais emocionantes da história do clube, ao decidir ir pro
jogo contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, no dia em que enfrentou o
enterro do irmão, morto em um acidente. Dentro de campo, sempre demonstrou
vontade, apesar da excessiva impaciência com os erros dos mais jovens. Fora de
campo, talvez tenha faltado um maior "espírito de grupo", um cuidado
maior para não criar problemas em um momento tão delicado. Esteve sempre
envolvido em polêmicas, discussões sobre pagamento de salário/luvas, enfim, o
que deu de alegria pra torcida dentro de campo, deu também de preocupação
fora dele. O saldo disso tudo? Bem, a torcida rubro-negra é que tem que
avaliar...
Flávio Maestri (atacante) - Outro que sofreu com contusões, mas sempre
que entrou marcou gols e demonstrou muita raça. Tinha tudo para se tornar ídolo
da torcida, mas era considerado extremamente caro para um jogador que não era
titular absoluto. Não aceitou redução salarial e foi dispensado, fazendo
muita falta na reta final.
Gilmar (atacante) - Era tido como um dos nomes a se destacar no
Brasileiro. Inexplicavelmente, caiu muito de produção e pouco fez para mudar
isso. No final, demonstrou acomodação e jogou sempre mal quando entrou. Não
aproveitou as chances dadas por outros atacantes, que ficaram quase todo o ano
no departamento médico. É contigo Renê!
Obina (atacante) - Não é um jogador de técnica apurada, mas tem faro
de gol. Mostrou vontade, honrou a camisa e ainda pode evoluir bastante. Pode ser
de grande valia na disputa da Série B, em 2005. Em 1992, o Vitória subiu pra
primeira com um centroavante de estilo parecido, Claudinho. Quem sabe a história
não se repete?
Enílton, Maurício, Leonardo e afins (Depto médico) - E aí, o passeio
foi bom?
Felipe, Itamar, Bruno, Danilo Bueno, Rafael, Hulk... - Tiveram poucas
chances esse ano, não cabe avaliação. Para os que ficam, boa sorte em 2005.
Treinador Agnaldo Liz - Fez o que pôde. Enquanto o grupo
"queria", tudo deu certo. Quando este grupo, cheio de "cobra
criada", começou a dar problemas, não teve a experiência e a
"cancha" pra resolver.
Treinador Oswaldo de Oliveira - Dos quatro treinadores que dirigiram o
clube no campeonato, Oswaldo foi, sem dúvida, o que teve mais responsabilidade
no rebaixamento. Contratado quando ainda estávamos em uma posição
"confortável" no campeonato, em momento algum justificou o nome e a
fama que tem como treinador no país. Assistiu passivamente o grupo perder a
motivação, se desunir, afundar no campeonato. Em momento algum assumiu a
responsabilidade pela vontade do grupo, pela manutenção da união, enfim, foi
um treinador OMISSO e INCOMPETENTE. Fora isso, que é inadmissível para um
treinador com o seu "status", insistiu com jogadores que não
demonstravam estar em boa fase técnica para serem titulares, foi previsível e
acomodado nas substituições, enfim, lamentável a curta passagem de "Oswaldinho"
no Vitória. É "Oswaldinho" sim, voltou a ser!
Treinador Hélio dos Anjos - Chegou com discurso forte, apropriado para o
momento. O time reagiu, coisa que Oswaldinho ficou longe de conseguir (se é que
tentou). Aos poucos, o discurso já não se mostrou eficiente, as brigas no
elenco continuaram, rachou de vez. Tecnicamente não contribuiu muito e acabou
sendo demitido. Que tenha rendimento similar, ou pior, no clube que escolheu pra
trabalhar em 2005...
Treinador Evaristo de Macedo - Conseguiu melhorar a equipe, que passou a
"pensar" melhor o jogo, ao invés de apenas raça, com Dos Anjos. Deu
esperanças ao torcedor de que iríamos sair da situação em que estávamos.
Cometeu o erro, grave, de insistir com Allan Delon, fazendo o time jogar com
"dez em campo" no primeiro tempo de várias partidas. Confundiu o
torcedor (e talvez ele próprio) quando resolveu fazer "rodízio"
entre o bom garoto Sandro e o limitadíssimo Fabinho e também entre Leandro
Domingues, Advaldo, etc. Colocou Rafael, que entrou e fez gol, depois não
colocou mais... O jogo contra o Coritiba foi fatal, derrubou o grupo e destruiu
tudo que Evaristo tinha plantado até então. Os jogos restantes, contra
Cruzeiro e Ponte Preta, foram dos mais vergonhosos e revoltantes da história
centenária do Esporte Clube Vitória. Melhor esquecer...
Allan Delon - Logo após o anúncio da sua tão temida (e já esperada)
volta ao clube, um site foi publicado na internet (http://foraallandelon.vilabol.uol.com.br/)
com o intuito de evitar o pior. O próprio presidente Paulo Carneiro deixou a
sua opinião sobre o tema, transcrito aqui, na íntegra:
"Rubro-negros, Gostariamos de lembrar aos torcedores que criam esse tipo de
comentários sobre nossos jogadores: 1º Todo cidadão seja ele atleta ou não
merece de nós respeito e chance de recuperação; 2º Como formadores de
atletas temos obrigação de: como gestor, preservar os ativos da companhia e
como educador as últimas possibilidades de formação do homem; 3º No caso
específico de Alan Dellon o seu comportamento fora de campo não é nem muito
melhor nem muito pior do que a média de muitos jogadores brasileiros, talvez
ele devesse se preservar e se esconder como os outros fazem com mais habilidade;
4º Alan Dellon, por outro lado, como atleta, nunca esteve no departamento médico
e é neste momento, ainda, o maior artilheiro do Vitória em Campeonatos
Brasileiros; 5º O mesmo neste momento está treinando e se preparando e estará
a disposição do treinador no próximo jogo de terça-feira. Conto com a
colaboração da torcida e até dos "radicais", que nem no futebol,
nem em outro ramo de atividade humana conseguiram construir algo de produtivo.
Respeito a exigência do torcedor, mas não aceito que se dilapide o nosso
patrimônio. Paulo Roberto de Souza Carneiro Presidente do Vitória S/A"
Pois é, presidente, Allan Delon voltou na sintomática goleada de 4 x 1 para o
último colocado do campeonato, pior até que nós, o Grêmio. A partir daí,
foi só ladeira abaixo... o nosso patrimônio, agora sim presidente, está
devidamente dilapidado...